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Zumbido tem solução?

O zumbido é mais comum do que você imagina. Sabe-se que um em cada dez adultos apresentam zumbido em algum momento da vida. Não é uma doença ou enfermidade e sim um sintoma gerado pelo sistema auditivo em seu cérebro. É natural se preocupar, e há muitas coisas a se fazer para ajudar a reduzir o impacto do zumbido:

-Procure aquilo que te faça bem: a intensidade percebida pelo zumbido sofre influência do seu emocional .

-Dieta: alguns alimentos podem piorar o zumbido. Observe os sinais de acordo com o que você consome.

-Atividade Social: Evite o isolamento. Experiências sociais melhoram o bem estar geral .

-Trate qualquer perda auditiva: A perda auditiva faz com menos estímulos chegue ao cérebro, em resposta, o cérebro sofre alterações na forma como processa o som. O zumbido é produto dessas alterações mal-adaptadas.

Importância do uso do aparelho auditivo nos casos de zumbido:

Usar Aparelho Auditivo?

O seu maior medo é usar aparelho auditivo?

Vamos te contar o que vai acontecer se você possui indicação de uso e passa a usar:

- Após o período de adaptação e ajustes você vai sentir mais paz.
- Nas reuniões de trabalho, você não vai precisar fingir que concorda com tudo.
- Seu relacionamento vai melhorar, agora que você pode conversar de forma leve.
- Você vai sentir vontade de sair mais de casa!
- Diminuição dos riscos de queda.
- Você vai agradecer a mudança que aconteceu na sua vida.

Abra sua mente para o que é novo e veja a mudança acontecer.

Seus ouvidos merecem cuidado!

Existe um motivo pelo qual a natureza nos fez com duas orelhas. Ter os dois ouvidos permite que o som seja recebido em instantes e características diferentes e nosso cérebro consegue perceber e trabalhar com essas informações.

A percepção das diferenças dentre as duas orelhas permite maior eficiência das habilidades auditivas no sistema nervoso central. Sendo assim, com os dois ouvidos funcionando não perdemos informações preciosas do ambiente como é o caso da localização sonora.

Escutar bem é mais importante do que você imagina

Estudos recentes sugerem que, mesmo no início, quando percebemos um déficit auditivo a nossa saúde já pode estar sofrendo as consequências de uma perda auditiva. Por isso, é de extrema importância o monitoramento da saúde auditiva e o seu devido tratamento. Nunca espere a piora!!! Ouvir bem engloba questões que superam as orelhas:

Comunicação. A perda auditiva dificulta a comunicação afetando a qualidade de vida. Os aparelhos auditivos nos ajudam a ouvir com mais clareza, melhora as habilidades de comunicação e nos permite participar de atividades que podemos estar evitando. Obter tratamento para a perda auditiva assim que descoberta garantirá que a qualidade de vida não seja afetada por dificuldades de comunicação.

Segurança. A perda auditiva não tratada pode colocar a nossa segurança em risco, pois pode dificultar ouvir coisas como sirenes, veículos que se aproximam ou alarmes de alerta. Aparelhos auditivos podem alertá-los sobre mudanças em seu ambiente e ajudar a mantê-los seguros.

Custos com saúde. A perda auditiva não tratada pode fazer com que alguém perca o potencial de ganho e gaste mais dinheiro com despesas de saúde. Além disso, a adaptação tardia com aparelhos pode exigir tecnologias mais sofisticadas que possuem custo mais elevado.

Preserva a memória. Um estudo recente mostrou que a perda auditiva está ligada a um risco aumentado de demência. O uso regular de aparelhos auditivos pode ajudar a tornar as informações muito mais fáceis de entender, o que pode facilitar uma melhor codificação neural para melhorar a função da memória.

Engajamento social. Aqueles com perda auditiva podem se afastar das atividades sociais, pois se torna cada vez mais difícil se comunicar. Isso pode levar ao isolamento e à depressão. Além disso, a perda auditiva pode causar problemas no trabalho, pois torna-se difícil ouvir instruções importantes ou colegas. O uso de aparelhos auditivos melhora as habilidades de comunicação para ajudar a preservar as conexões sociais e reduzir os sentimentos de isolamento.

Reduz o risco de queda. A perda auditiva pode causar problemas de equilíbrio e dificuldade de consciência ambiental, os quais podem levar a quedas. Para os idosos, as quedas são a causa número um de morte ou lesão. O tratamento da perda auditiva pode levar a uma vida mais longa e saudável.

O Poder da Reabilitação Auditiva para a Cognição

Os resultados de 3 anos do estudo Evaluation of Hearing Aids and Cognitive Effects (ENHANCE) sugerem que o uso de aparelhos auditivos pode apoiar a saúde cognitiva a longo prazo.

Os participantes eram todos com idade igual ou superior a 60 anos.

 

Nosso cérebro envelhece junto com o resto do nosso corpo.O envelhecimento cognitivo não afeta a capacidade da maioria das pessoas de realizar suas atividades diárias, mas muitas vezes as pessoas notam que sua memória não é tão afiada como costumava ser, que alternar entre tarefas requer mais esforço, ou que eles são mais lentos em fazer algumas tarefas de pensamento.

Perda auditiva e declínio cognitivo

Pesquisas indicam que a taxa de declínio cognitivo aumenta com o aumento da gravidade da perda auditiva. O risco populacional para pessoas com perda auditiva leve é quase o dobro de uma pessoa com audição normal. Para pessoas com perda auditiva severa, o risco é quase 5 vezes maior do que para aqueles com audição normal.

O que poderia explicar a ligação entre perda auditiva e declínio cognitivo?

Uma teoria sugere que partes do cérebro que não são mais ou menos estimuladas pelo som degeneram, causando mudanças na estrutura e função cerebral.

Uma segunda teoria é que, quando há uma perda auditiva, um maior esforço cognitivo e mais do cérebro é usado para processar a fala, "roubando" outras partes do cérebro de outras funções e, assim, diminuindo o desempenho cognitivo em outras áreas.

A terceira teoria sugere que a redução da estimulação ambiental, as dificuldades de comunicação e, subsequentemente, a menor participação social podem contribuir para efeitos psicológicos, incluindo solidão e depressão, levando a alterações na estrutura e função cerebral.

Como a perda auditiva pode ocorrer muitos anos, ou mesmo décadas, antes do início da demência, pode haver uma janela de oportunidade para abordar um ou mais dos mecanismos modificáveis propostos para o desenvolvimento de demência associada à perda auditiva não tratada.

Fonte: Resultados do estudo ENHANCE após 3 anos de uso da prótese auditiva | Blog de Audiologia (phonakpro.com)